Paideia Comunista
Revista Digital de História, Filosofia e humanidades
- (Marx, As filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro).
Nossa Proposta
Pensando em melhorar o acesso, a produção e a circulação de artigos, garantindo o acesso universal e gratuito a um vasto material de formação teórica situado nas raias do Marxismo e da concepção comunista de cosmos e tendo por meta incentivar a produção independentes de estudantes, trabalhadores e pesquisadores autônomos (nas mais variegadas áreas das ciências sociais, com ênfase em historia e filosofia, alinhados à concepção do materialismo histórico e dialético), criamos este espaço digital de divulgação teórica o qual tem por meta difundir o pensamento marxista com vista a urdir mais um espaço de interconexão entre a teoria e a prática revolucionária.
No site encontrar-se-ão não somente elementos para essa solda do militante comunista com os clássicos da historiografia, Filosofia e Humanidades em geral, com o pensamento marxista sendo aplicado a diversificado ínterim, como será por meio deste espaço que ambiciona-se incentivar que aquele que é leitor que também escreva e se torne teorizador, compartilhando suas ideias Comunistas e enviando-nos sua produção para apreciação e possível divulgação em nosso periódico trimestral e revolucionário, a fim de alavancarmos conuntamente a ciência e a produção de saber, compartilhando ideias e oxigenando o Marxismo.
Ademais, é desejável que se publique neste espaço conteúdo marxista e de fato revolucionário, de qualidade, despido de modismos acadêmicos. Para tal, é imprescindível que o homem comunista se torne versado em história, em filosofia e humanidades, para que em um momento qualitativamente superior, alavanque as consciências atordoadas de sua totalidade genérica, as quais encontram-se vilipendiadas pela ideologia burguesa, pelo decadentismo ideológico e pela ofensiva pós-moderna alienante e reificante emanada pelos epígonos do capital.
Para que nos façamos claros, a proposta deste espaço declaradamente revolucionário é que todo comunista engajado, absorto nas respectivas áreas (já citadas e concernentes às Humanidades) deposite seu quinhão de esforço teórico e prático na roda da história a fim de revolve-la, enquanto individuo que visa restituir a omnilateralidade do gênero humano, impulsionando e propagandeando desta forma, com sua força intelectual, o vagão da revolução e para além da metáfora, ajudando a desenvolver as potências revolucionárias dentre os homens, elencando elementos e valores importantes para o revolucionário e seu estudo, os quais serão volvidos à uma práxis deveras revolucionária na supressão do Capitalismo, i.e, na destruição radical da forma Valor, da Propriedade Privada, da extração de Mais-Valor, do Estado burguês, do trabalho Alienado e das classes sociais para a eclosão de uma nova ordem sistêmica: O Comunismo.
Somente com a Paideia do homem comunista, segundo Lênin, será possível de restituir o gênero humano, fornecendo elementos para que este se emancipe dos grilhões da exploração e se desenvolva em sua plenipotência, isto é: enquanto homens restituídos de suas faculdades humanas, potências hominadas e verdadeira auto-imagem as quais, no atual ínterim, encontram-se afogadas pelo itinerário de produção de mercadorias, enquanto o ser social é envilecido, rebotalhizado, brutalizado, animalizado e dilapidado pelo capital, ou seja: Somente como homem livre da exploração de seu sobretrabalho, livre do trabalho abstrato (o tripalium), da Alienação e Estranhamento, do Leviatã e da mazela que é o assalariamento, tal como explicitou por vezes Marx, em muitas obras, como por exemplo em sua "crítica ao programa de Gotha", será o homo sapiens verdadeiramente humano:
"Numa fase superior da sociedade comunista, quando tiver desaparecido a escravizante subordinação do indivíduo à divisão do trabalho, e com ela também a antítese entre o trabalho mental e o físico; quando o trabalho houver se tornado não um meio de vida, mas a necessidade fundamental da vida; quando as forças produtivas tiverem crescido com o desenvolvimento geral do indivíduo; quando todas as fontes de riqueza cooperativa fluírem mais abundantemente - só então o horizonte estreito do direito burguês poderá ser completamente ultrapassado e destruído, podendo a sociedade inscrever em suas bandeiras: 'De cada um de acordo com suas capacidades, a cada um de acordo com suas necessidades!'." - (Marx, Crítica ao Programa de Gotha)
Números e Volumes Recentes
"Se minha própria atividade não me pertence, é uma atividade estranha a mim, que me é forçada, a quem pertence ela, então? A outro ser que não eu! Quem é esse ser? Os Deuses? Evidentemente, nas primeiras épocas da história humana a produção principal, como por exemplo a construção de templos etc., no Egito, Roma, Babilônia, Índia e México, aparece...
Em 1860 a categoria conhecida como Modo de Produção Asiático encarregou-se de explicar as formações societárias pré-capitalistas que não possuíssem as matrizes greco-romanas. No século vindouro, os Marxistas tentariam encaixá-lo de forma bruta, grosseira, sem lapidação -e refinamento- (tal como Marx elaborara) para o caso americano e pré-colonial.
Por Felipe Lustosa, Historiador e Filósofo
Colombo, em 3 de agosto de 1492, parte de Palos de la Frontera com uma expedição -às expensas da coroa castelhana- composta por três naves: a Santa Maria, a Pita e a Nina. Ele havia optado pela circunavegação do globo a fim de erigir ele próprio uma rota de monopólio para coroa...
"Aquele que é apenas um atleta, é bárbaro e rude demais, por vezes, um vulgar com hábitos selvagens. Aquele que é apenas um intelectual, é um frouxo, um mandrião afeminado. O cidadão ideal é um atleta, um guerreiro e um intelectual, o homem pensador é acima de tudo, um homem de ação." - (Platão, A República)
"Se minha própria atividade a mim não pertence, se é uma atividade estranha, exógena e forçada, a quem ela pertence? (...) De fato, nos primeiros tempos, a grande produção, como por exemplo a construção de templos, muralhas, diques, canais e etc., no Egito, Índia, México, bem como no culto dos deuses, o produto pertence também aos deuses. Mas os...
Chandragupta, em 321 a.C, se tornou o imperador dos Máurias -sob fortes influencias helenísticas. Os Máurias tinham sua Capital em Pataliputra e aproveitando-se da retirada dos macedônios, Chandragupta viu neste vácuo de poder a oportunidade perfeita para lançar sua dominação no subcontinente indiano, solapando seus antigos inimigos e alçando os...
A Revolução dos Pós-Modernos
"Quando nós dizemos "meu ponto de vista", no fundo isso é uma tolice. Este ponto de vista não nasce em mim, mas nasce fora de mim. Ele não é produzido por mim, mas ele é produzido fora de mim e vai a mim. Quem planta este ponto de vista não é a subjetividade. A subjetividade não é autogenética, isto é,...
"Fome é fome, mas a fome que se sacia com carne cozida, comida com garfo e faca, é uma fome diversa da fome que devora carne crua com mão, unha e dente. Por essa razão, não é somente o objeto do consumo que é produzido pela produção, mas também o modo do consumo, [que] não apenas objetiva, mas também subjetiva....
(...) [a] cada greve e cada manifestação de rua, é necessário propagar a ideia da necessidade da criação de Destacamentos Operários de Auto-Defesa. É necessário inscrever esta palavra-de-ordem no programa da ala revolucionária dos sindicatos. É necessário formar praticamente os destacamentos de Auto-defesa em todo o lugar onde for possível a...
"Podemos distinguir o homem dos animais pela consciência, pela religião ou pelo se queira. Mas o homem mesmo se diferencia dos animais a partir do momento em que começa a produzir seus meios de vida, passo este que se acha condicionado por sua organização corporal. Ao produzir seus meios de vida, o homem produz indiretamente sua própria vida...
Por Felipe Lustosa, Historiador e Filósofo
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Blanc - (1811-1882)"O Estado está obrigado a proporcionar trabalho ao cidadão capaz, e ajuda e proteção aos anciãos e incapacitados. Não se pode obter tais resultados a não ser por um Poder Democrático" - (Luis Blanc)
"A Política é a Ciência da Produção!" - (Saint Simon, A Indústria)
"Em cada fenômeno, o começo permanece sempre o momento mais notável." - (Thomas Carlyle, A História de Frederico II )